Um herói da Pátria na luta contra o nazi-fascismo
Chamado para servir ao Exército Nacional, Manoel Lino de Paiva viajou para Natal onde no dia 1o de julho de 1943 foi incorporado a 11a Companhia do Regimento de Infantaria.
O Brasil decidira-se por apoiar as nações aliadas na luta contra o nazi-fascismo. Assim, a FEB - Força Expedicionária Brasileira foi enviada ao Teatro de Operações Europeu.
Convocado para participar da guerra, o filho de Martins não se intimidou diante da heróica missão: “Querido papai, lembre-se que seu filho é (um) soldado e é obrigado a cumprir esta sina” e como que antevendo o sacrifício da própria vida completou: “Me entrego a Deus!” (em carta dirigida ao seu Pai).
Assim, no dia 23 de dezembro de 1944, Manoel Lino de Paiva viajou para Recife. No dia 25, a bordo do paquete D. Pedro II seguiu para o Rio de Janeiro aonde desembarcou no Armazém 13 em 4 de janeiro de 1945 seguindo de trem elétrico para a Vila Militar. O embarque para a Itália ocorreu no dia 8 de fevereiro, num navio de transportes americano.
Manoel Lino de Paiva chegou a Nápoles, na Itália, no dia 23 de fevereiro de 1945. Após uma passagem pela cidade de Bagnolli foi para o norte da Itália, chegando à cidade de Livorno no dia 3 de março. Dirigiu-se então para Spezzia, que fica entre a tradicional cidade de Piza e Florença.
No dia 8 de abril de 1945, Manoel Lino de Paiva chegou a Montese, onde a FEB participaria de umas das mais renhidas batalhas durante a sua ação na 2ª guerra mundial.
O herói destemido de Martins encontrou a glória no dia 14 de abril de 1945, na batalha de Montese, quando foi mortalmente atingido pela artilharia inimiga, falecendo no campo de batalha.
Foi sepultado no cemitério militar brasileiro em Pistóia, na quadra B, fileira 12, sepultura 140, lenho provisório.
O herói norte-rio-grandense que combateu o nazismo foi reconhecido pela Pátria e condecorado com a medalha de Campanha e de Cruz de Combate. No Decreto Lei no 6.795, de 17 de agosto de 1944 (regulamentado pelo Decreto no 16.821, de 13 de outubro de 1944), que lhe concedeu essa última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.
Os restos mortais do martinense Manoel Lino de Paiva permaneceram na Itália até 1960, quando o Presidente da República, Juscelino Kubitschek, resolveu transportá-los do cemitério de Pistóia para o monumento da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no Rio de Janeiro.
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